Wednesday, February 23, 2011

Orgulho...

Seremos assim tão fúteis? Um mundo que se baseia na imagem... O que acaba por ser a imagem afinal. "Tu és bonito e usas estas calças por isso eu gosto de ti"..."Tu és horrível as tuas calças não dizem nem salsa nem coentros muito menos hortelã". A sério? Hoje dei por mim a pensar nisso e deixou-me bastante triste a sério que deixou. A liberdade que temos a liberdade que muita gente morreu para a podermos ter, liberdade essa, que está a ser revista em calças roupas coisas que brilham caixas e solas de sapatos feitos na china. Seremos nós assim tão reles, eu gostava de poder ter fé na humanidade e já como dizia Fernando Pessoa que elas alcançassem o 5º Império. Mas ficamos-nos por aqui, arrastando-nos como zombies sem cérebro para os centros comerciais, atraídos pela luz e pelo barulho, tal como nos filmes. Enquanto continuamos a consumir a natureza que está ali do outro lado da janela como se achássemos que temos esse direito acabando por nos esquecer que não somos a única espécie neste planeta. E que apesar da tão sobrevalorizada inteligência nada nos dá o direito de privar outras formas de vida ao que elas têm direito. A verdade é que não precisamos de aliens nem monstros nem mutantes para nos eliminar nós fazemos isso muito melhor que eles porque optamos pela morte lenta, a nossa e de tudo à nossa volta. É bastante triste quando pensamos nisso.

"O vil corruptível metal" como Camões lhe gostava de chamar, eu chamo-lhe estupidez. Mas mais uma vez de nada serve o que penso o que chamo. Vivemos tão desligados do equilíbrio que a vida tem de ter e devo realçar o TEM porque tem de existir um equilíbrio entre o espiritual e o físico e o que me faz extrema confusão é que no meio de tanto anti-metafisicismo se encaixa o metafisico, se encaixa Deus. É como que uma caixa metafisica que criamos onde colocamos lá tudo o que é invenção nossa, carros, casas, dinheiro e rezamos para que essa caixa tenha um furo e que por esse furo nos caia algo no colo que por sua vez é inventado pela humanidade. Quem alguma vez chegou ao pé de nós e nos definiu o que é o justo ou o injusto o que é o bom e o mau tudo o que nos rodeia é definição nossa e com tantas probabilidades do que poderíamos ter sido e definido coincidente-mente este Deus é detentor de tudo o que criamos, que tal como nós gosta de ser adorado, se não for amua e espeta connosco no inferno para toda a eternidade. A sério? Vamos mesmo nisto? Se recuarmos no tempo através da linguagem (que também foi invenção nossa) podemos ver a origem de tudo a grande e derradeira Génese da realidade que temos hoje em dia todos os minúsculos factores que nos empurraram para o que somos confiem em mim vão ficar abismados. Não sei como era suposto a humanidade funcionar mas uma coisa é certa não respeitamos o que inventamos e o que tomamos como ordem social. Isso de onde eu venho chama-se hipocrisia... fica ao critério do leitor. Que puta de vida não é?

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